Digo com toda a certeza: é preferível incontáveis vezes ser magoado, a ser aquele que magoa. Pois o que magoa, fere a si próprio tantas múltiplas vezes mais, do que a qualquer outro.

Hoje é um dia que gostaria de passar conversando com você.
Tá a nossa cara

A cada dia nos perdemos mais nos rumos sinuosos desse labirinto. Quando tomamos à esquerda e acreditamos estar, enfim, numa direção correta ou que seja, menos equivocada... Tchãram! Uma imenso, belíssimo e magnífico muro aparece diante de nós. E assim voltamos ao caminho anterior e vamos pela direita, mas novamente estamos defronte um novo muro ou talvez seja o antepenúltimo muro com que deparamos - "acho que aqueles musgos ali me são familiares", já demos tantas voltas e parece não sairmos do lugar.
Precisamos nos mover. Pegar um rumo completamente novo ou completamente velho. Ou então um completamente novo que ao final nos leve a algo completamente velho.
Precisamos nos mover! Andar em círculos nos faz ficar enjoados, chatos e imbecis.
Porém, vamos devagar, nada as pressas dá certo, disso sabemos muito bem. Vamos analisar e prosseguir calmamente...

Você é in-su-por-tá-vel! Você... e essa sua expressão de descaso me irritam mais do que, ainda, sonhar acordada com a gente! É tudo tão insuportável! Você é esplendidamente chato, um completo cabeça dura e definitivamente não falamos o mesmo dialeto! O quê te custa compreender o que é tão simples? Basta ler o que eu escrevo, mas, não sei qual o processo químico que ocorre no seu cérebro, somente sei que distorce tudinho! O pior é eu me machucar pelo seu descaso, mesmo sabendo que ele é fingido! Eu sei que se importa, sei que tem muita coisa que eu gostaria de ler/ouvir presa aí dentro. Você acha que está fazendo o correto, só que não está não! Vamos parar de graça menino? Eu já cansei dessa "brincadeira"

Remediadora

Me chame de estranha e infantil, mas eu sinto falta das nossas brigas. No fundo, eu até gosto de brigar, sei cada palavra, cada tom - do irônico ao despretensioso, cada rumo que a discussão toma. Admito, derramo um rio de asneira toda vez sobre você, te afogo na minha irrelevância. No meio dela algumas poucas verdades. E então, aquele gostinho de fúria passageira na ponta da língua, seguido da necessidade do gosto doce da calma, do raciocínio, da reconciliação... voltar atrás, pedir desculpas, fazer promessas, todo aquele aparato para tudo ficar azul celeste novamente. De quê adianta? Se logo a frente ouve-se nitidamente mais brados de luta, de quê? O seu sorriso e o seu abraço que sejam por milésimos sempre fizeram valer a pena. E sempre farão, mesmo que eu diga (pra mim mesma) que não.

[Em construção]

"Eu perco muito fácil o meu dia, minha alforria, minha liberdade. Quando menos se espera, já estou procurando maneiras de fazer você um pouco mais feliz, só para eu sorrir também. Você apareceu para me dar vontade de voar, mas você sabe que eu tenho medo de altura. Você apareceu para me dar carona, só para mostrar quem esquece mais rápido e supera a dor. Nós nunca saímos das perdas iguais, não seria agora a primeira vez. Então voa em outro céu que eu não suporto mais. Ocupe-se com as banalidades que um dia nós dois quisemos nos entregar, encontre um novo passa-tempo e não me faça te escrever novamente como se estivesse à beira da morte. E agora te confesso: estou todos os dias. Mas deixa eu mentir dizendo que não, porque minhas asas são as palavras que insistem em sair."

- Créditos:  Acrobata de Vidro 

Are you gonna take me up there?

São tantas palavras não ditas que ficaram pra trás. Tantas músicas que eu não te mostrei, pra você dizer que são chatas. Tantas piadas pra você não entender. Tantas conquistas para compartilhar. Tanta chuva ainda pra cair. Tantos sms pra te acordar. Tanto macarrão-de-forno pra fazer. Tantos milk-shakes que eu fiquei te devendo. Tanta conversa pra jogar fora. Tantos conselhos pra me dar.  Tanta coisa pra te contar.  Tanto "you é que know" pra fazer graça. Tanta vida pela  frente... nossa amizade tinha tanta coisa pela frente! Agradeço a Deus por ter dado tempo a nós, por mais que pareça a mim pouco. Obrigada por tudo burguês!